sexta-feira, 8 de julho de 2011

O Sorriso poético da escola


“Precisamos levar a arte que hoje está circunscrita a um mundo socialmente limitado a se expandir, tornando-se patrimônio da maioria e elevando o nível de qualidade de vida da população.”

(Ana Mae Barbosa, 2009:7)

Para que esta afirmação chegue a se tornar realidade, devemos acreditar que o espaço educativo possa efetivamente, dar uma contribuição no sentido de possibilitar o acesso à arte a uma grande maioria de crianças e jovens.

Acredito na escola, como primeiro espaço formal, onde se dá o desenvolvimento de cidadãos e com a possibilidade de contato com o universo artístico e suas linguagens: Artes visuais, teatro, dança e literatura. Com este trabalho de pesquisa, gostaria de constatar o que já vinha percebendo em relação ao ensino de arte nas escolas, que chega a ser deixado em segundo plano ou até sendo instrumentalizado por outras disciplinas, ou até encarado como mera atividade de lazer e recreação.

Venho propor uma reflexão, para que se reverta a situação em favor de uma escola que valorize os aspectos educativos contidos no universo da arte, entendendo a arte como ramo de conhecimento em mesmo pé de igualdade que as outras disciplinas dos currículos escolares.

Devemos como educadores, reconhecer não só a necessidade da arte, mas sua capacidade transformadora. A arte tem o poder de ampliação do potencial cognitivo e também de conceber outros olhares de modos diferentes. A sala de aula e a escola, devem ser o espelho do atelier do artista ou do laboratório do cientista. Neles são desenvolvidas técnicas, pesquisas, invenções são criadas e re-criadas, e o processo criador tomam forma de maneira viva e dinâmica.

Quero também propor com o meu trabalho, formular de forma poética e também empírica, que o fazer artístico da criança, acontece como resposta ao mundo de forma lúdica. A criança é portadora de uma novidade essencial para o nosso mundo e para a arte. Pensar em uma escola que tenha um espaço-pedagógico propício para o fazer artístico, é quase um sonho, infelizmente nos tempos atuais, encontramos as diferentes dimensões do lúdico sendo reduzidas a instrumentalização.

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