quinta-feira, 14 de outubro de 2010

MEMÓRIAS E LEITURA DE IMAGEM




A memória..., palavra tão profunda e reveladora em minha vida, que hoje a recorro como ferramenta de encontros e rememorações comigo mesmo.
É uma atividade redentora, sobretudo por meio da rememoração poética.


Os trapos, os escombros das ruínas, o esquecido. A memória é salvífica e messiânica.
Para Benjamin, a difícil questão a refletir sobre a memória, não reside naquilo que é possível rememorar (o conteúdo da memória é a lembrança, mas a memória é quem capta a lembrança), mas em saber como lidar com o silêncio, com o esquecimento...
Eu tenho medo dessa patologia, desta antrofia-social, ser silenciado e não pensar (e ver) o mundo poeticamente.

Aquele que não se entrega ao sistema; é aquele que declara guerra com a prática da flânerie. Ter olhos para se alimentar de “beleza” e saber saborear as cores. Esse será um novo herói!
A memória não se trata de um tempo perdido. Na concepção benjaminiana, o tempo perdido não se encontra no passado, mas no “futuro”, isto é, nos sonhos, nos desejos, nas aspirações do não-realizado, daquilo que não chegou a se concretizar, mas que ainda se encontra voltado para o porvir - qual uma utopia-retrospectiva.


A educação está entre o passado e o futuro e o educador é o mediador entre eles.
A leitura da sociedade, é uma leitura de imagens.

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